"Educar é coisa do coração"

"Educar é coisa do coração"
"Educar é coisa do coração" São Bosco

sábado, 31 de outubro de 2015

Por que o atual Halloween não é uma festa Cristã.

A origem do "Halloween" vem da tradição Celta pagã: Samhain, Festa do sol, ela tinha início na noite do dia 31 de Outubro e marcava o final das colheitas e o verão. Isso já no Século VI a.C. A festa era ministrada pelos sacerdotes druidas (druismo era a religião Celta). Segundo esta tradição, neste período, o mundo dos mortos se ligava com o mundo dos vivos, então, o sacerdote era instruído a ser o medianeiro entre ambos. Em resposta aos mortos, as pessoas vivas ofereciam alimentos a noite e se fantasiavam, alguns defendem que as fantasias serviam tanto para os espíritos dos mortos passassem por despercebidos ou até mesmo assusta-los. Então, podemos observar que o atual Halloween não tem quase ligação nenhuma com sua origem, pelo menos a primeira vista. Entretanto, muitos fundamentos ainda são os mesmos: A prática de sair fantasiados, procurar doces, enfatizar o mundo dos mortos no mais aspecto fúnebre da realidade e, inclusive o famoso "Trick or Treat" (doçuras ou travessuras), é o fruto de uma prática já em diversas seitas pagãs no qual, em troca do livramento de algum castigo, deveriam fazer uma oferta. Tais práticas muito enraizadas pelos Irlandeses que levaram esse costume aos Estados Unidos. Daí os acréscimos dos elementos pagãs como fantasmas e seres místicos (na cultura deles seriam os duendes, fadas, bruxas, monstros, etc).

Onde encontramos a Igreja nesse enredo?
  
Havia em Roma o Panteão, um templo pagão para o culto dos antigos deuses romanos, então o Papa Bonifácio IV converteu consagrando este templo e dedicou a "Todos os Mártires" ou "Todos os Santos", que por sinal sua data de celebração era no dia 13 de Maio. O Papa Gregório III muda a data para primeiro de Novembro, dia da fundação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro. Depois o Papa Gregório IV ordena a celebração de todos os santos em todo o mundo.

A Igreja não só celebra o dia de Todos os Santos no dia primeiro de Novembro como convida seus membros à vigília de Todos os Santos e, adivinha qual é a data da véspera do dia primeiro? Exatamente, dia 31 de Outubro. Lembram dos Irlandeses nos EUA? Então, Véspera de Todos os Santos em Inglês é: All Hallo's eve. A noite da vigília de todos os santos seria: All Hallow's Evening e então... Halloween! Conforme a cultura dos diversos imigrantes Irlandeses... Dia das Bruxas. Aqui temos a celebração pelos mortos totalmente diferentes. No primeiro caso, a Igreja, celebra os santos, homens que se encontram na presença de Deus, ou seja, no paraíso, em vigílias e orações constantes. No segundo, conforme a cultura pagã que coincide na mesma data da vigília, temos as práticas do que se formou o atual Halloween que alimentam a cultura pagã.

Este ultimo, infelizmente, tal cultura se paganizou drasticamente e, encerrou então a prática e cultura do oculto e da morte, onde a festa do Halloween da ênfase as almas que morreram e habitam num submundo de aspecto tenebroso e negro. Ora, para um cristão, tal ambiente de morte, frio, escuro e tenebroso é o Inferno, ausência total de Deus. Além disso, existe uma ênfase em elementos como: magia, feitiçaria, bruxas e tantas outras que são condenadas nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja.
Assim, o Halloween faz um total contraste aos dias Cristãos de Todos os Santos e Finados, é uma pratica "anticristã"1 no qual encontramos a Igreja Celeste, aqueles já estão na presença de Deus e Finados, a Igreja Padecente, as almas de nossos irmãos que morreram e aguardam para entrar no Reino dos Céus. Tais estados pós morte totalmente contrários ao ambiente apresentado pelo Halloween. 

“Como numa paródia, o diabo inventou a comemoração do Dia das Bruxas, que contém uma miséria escondida porque celebra as pessoas condenadas ao inferno. Muitos acham que o inferno não existe porque Deus é Misericórdia, mas é preciso entender que o inferno existe porque o homem é livre, ou seja, nós podemos ou não escolher entrar na felicidade eterna. É importante lembrar que nossa alma ainda está em risco, podemos ser salvos, mas ainda podemos nos perder.”2
No dia 10 de Outubro de 2009 o Vaticano afirmou que o Dia das Bruxas é perigoso: "o Dia das Bruxas é uma corrente do ocultismo e completamente anticristão". Padre Canals pediu que os pais fiquem "atentos e tentem direcionar o significado da festa para a saúde e a beleza em vez do terror, do medo e da morte"3.

A Igreja com base nas Sagradas Escrituras e no Magistério preservados pela Tradição, condena toda forma e prática do ocultismo:
"Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por teu Deus expulsa diante de ti essas nações."4
“Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõe “descobrir” o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns escondem um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que , unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus."5 
Sendo assim, não é prudente que o Cristão Católico faça parte de tais festejos, isso porque ajuda a propagar e colabora diretamente com a cultura maior por trás da festa. Ainda que nas melhores intenções, não muda o fato da cultura da morte ali apresentada e contemplada, ser diferente da fé professada. 








(Texto: Vitor Ferreira. Revisão: Thiago Palácio)

Notas:
1- Daily Mail, pronunciamento sobre o Halloween, Outubro de 2009
2- Padre Paulo Ricardo, 13, Solenidade de todos os santos: https://padrepauloricardo.org/episodios/solenidade-de-todos-os-santos--2?utm_content=buffer26b7b&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
3- L'osservatore Romano.
4-  Deuteronômio XVIII, 10-12
5- CIC, n.2116

Referências:
- Padre Paulo Ricardo, 13, Solenidade de todos os santos.
- L'osservatore, "As perigosas mensagens do Halloween", Outubro de 2009
- Daily Mail, Outubro de 2009
- Catecismo da Igreja Católica, n. 2116.
- Acidigital, Oito coisas que você deve saber antes de fantasias teu filho.
- Prof. Felipe Aquino, club Canção Nova.
- Livro do Deuteronômio XVIII, 10-12



sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O que não é Catequese - Parte 2.

Começa aqui a segunda parte sobre o que Catequese NÃO é:

3) Por que não podemos basear a catequese em "movimentos católicos"?

R: Os atuais "movimentos católicos" possuem muitos perfis diferentes, conseqüência disso podemos encontrar alguns erros ou discordâncias com a fé, isso porque o homem assume a frente do movimento, cada um assume sua identidade e mantém teus costumes ou simplesmente dão ênfases naquilo que chamam de "carismas". Conforme mencionado anteriormente sobre o fim ultimo da catequese, podemos concluir que o perfil necessário aos candidatos é de Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Isso significa dizer atualizar o costume único da Igreja Milenar encontrada na Tradição que é "o ensinamento de Jesus Cristo e dos Apóstolos, feito a VIVA VOZ (olha aí o significado da catequese novamente), e da Igreja transmitido até nós SEM ALTERAÇÃO".¹

4) Por que não posso dançar na aula?

R: Tendo em vista que o fim maior é pelo ensinamento poder receber e participar dos Santos Sacramentos, dançar não é um meio pelo qual se instrui a Doutrina. Por exemplo, ainda que nas melhores intenções, não há uma coreografia que ensine o que é um Dogma Mariano ou até mesmo quais são as virtudes, o ensinamento da Igreja requer por si só atenção e cuidado com os assuntos tratados (até porque estamos falando de assuntos divinos). O momento da catequese é um local que teremos um encontro com Nosso Senhor Jesus Cristo por meio dos ensinamentos da Igreja que é Teu Corpo.

5) Por que não posso basear a aula em experiências pessoas?

R: O homem é composto de alma e corpo, as paixões "são comoções ou movimentos violentos da alma que, se não são moderados pela razão, arrastam ao vício e, muitas vezes inclusive ao crime"². Logo, algumas experiências que mexem muito com nossos sentimentos (que é do homem) abre espaço para o que é do homem assumir o que é divino, por exemplo, o seu vicio que "é o hábito de fazer o mal, adquirido repetindo atos maus.". Se o catequista tem o vicio de colocar o seu "movimento católico" como padrão de doutrina cristã, ele comete o erro de alterar a doutrina e propagar o erro, caindo muitas vezes no achismo.







(Texto: Vitor Ferreira. Revisão: Thiago Palácio)

NOTAS:

1 Catecismo da Doutrina Cristã de São Pio X, Cap III, p. 235
2 Catecismo da Doutrina Cristã de São Pio X, Cap III, p. 259



Bibliografias:
Constituição Dei Verbum, Cap. II, p.9-10.
Catecismo da Doutrina Cristã de São Pio X.
Prof. Sidney Silveira, breve comentário sobre Magistério segundo Santo Tomás de Aquino.




Constituição Dei Verbum: http://goo.gl/H6VWI
Contra Impugnantes: http://contraimpugnantes.com/cimoodle/

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O que não é Catequese - Parte 1.

Começa aqui a primeira parte sobre o que a Catequese NÃO é:

1) Por que não podemos basear uma aula apenas usando as Sagradas Escrituras?
R: A Fé Católica não é baseada apenas nas Sagradas Escrituras, ela possui três pilares: Tradição, as Sagradas Escrituras e o Magistério.

Sobre a Tradição

"E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Por isso, os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam, advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por palavras quer por escrito (cfr. 2 Tess. 2,15), e a que lutem pela fé recebida de uma vez para sempre (cfr. Jud. 3). Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita" 1

Sobre as Sagradas Escrituras:

"A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência."2

Sobre o Magistério:

"A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e na oração (cfr. At. 2,42 gr.), de tal modo que, na conservação, atuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis. Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo. Este magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado. É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas."3

2) Por que Catequese não é apenas um "encontro de partilha"?
R: Catequese vem do latim “catechesis”, por sua vez derivada da palavra grega “κατήχησις” que significa "instruir a viva voz". Ora, instruir é ensinar, quando se partilha podemos encontrar diversas opiniões pessoais e no fim... a ausência da verdade. Para ensinar é necessário alguém instruído como o ministro ao qual irá instruir os ensinamentos da Igreja, então temos presente o magistério, mas para este ultimo ser autêntico e válido, é preciso conter as quatro premissas: "Submissão do intelecto do discípulo, o inteligido é um aspecto do ser demonstrado pelo mestre, a credibilidade do mestre e o grau da certeza alcançada pelas demonstrações do mestre."4. Logo, catequese não é uma partilha e sim uma instrução da doutrina católica para o fim ultimo de conhecimento da fé católica, atualizar a profissão de fé de sempre, manter viva a tradição da Igreja, seu magistério e fidelidade a revelação das Sagradas Escrituras e assim alcançar a graça de participar dos Santos Sacramentos.




(Texto: Vitor Ferreira. Revisão: Thiago Palácio)

NOTAS:

1 Constituição Dei Verbum, Cap. II. p.8
2 Constituição Dei Verbum, Cap. II, p. 9
3 Constituição Dei Verbum, Cap II. p. 10
4 Prof. Sidney Silveira, breve comentário sobre Magistério segundo Santo Tomás de Aquino

Constituição Dei Verbum :http://goo.gl/H6VWI

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A História da Catequese, sua importância e necessidade nos tempos atuais.

Para adentrarmos na importância e a necessidade do catecumenato hoje, é importante primeiramente expor um pouco da história da catequese e o contexto histórico de cada época, segundo à tradição da Igreja.
Já no Século I temos as formações das primeiras comunidades cristãs. Como muitos eram oriundos do judaísmo, inclusive, muitos tiveram a graça de estar pessoalmente com Cristo até por volta do ano 70, a pratica catequética era muito voltada ao Batismo e a contemplação do alto, à espera do Cristo , Filho de Deus Vivo que logo voltará. Ainda por volta do ano 70, além da destruição de Jerusalém, ocorreu a diáspora que foi a fuga dos novos cristãos e judeus. Foi nesse período que houve maior contato com o paganismo. Então, nesse período houve o surgimento dos Evangelhos. Isso porque era necessário a partir daí um estudo de quem Foi e É Cristo, tanto Jesus Divino quanto Humano. Podemos encontrar excelentes catequeses nas Cartas Católicas nas Sagradas Escrituras. Até então o que era necessário para ser inserido no Cristianismo era: ser batizado e professar o Credo (Símbolo Apostólico).
Dentre o período de 100 a 400 anos, aproximadamente, surge o Catecumenato, nome adotado novamente por algumas Dioceses hoje, com o intuito de trazer a raiz da comunidade primitiva. Aqui encontramos o termo "Iniciação Cristã", o qual é exigido para os Sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. O rumo então do catecumenato foi alterado segundo dois grandes fatos: devido a diáspora, os cristãos começaram a ter maior contato com os pagãos, exigindo uma formação mais sólida. O segundo fato mais marcante foi a perseguição do Imperador Nero aos cristãos novos, ele quem as Escrituras nos fala sobre o número da besta: o 666 (Livro do Apocalipse de São João XIII, 18) *.
Então, nesse período o catecumenato tinha o período de três anos de duração. Esse tempo longo era necessário para combater então as Heresias que o Imperador propagava e a influência do paganismo dentre os cristãos. Um detalhe: Esses três anos era apenas para receber o Batismo, os candidatos estudavam a vida cristã, a doutrina de Cristo e a tradição deixada pelos apóstolos (Lembrando que São João Evangelista estava ainda vivo, pois morreu com 120 anos aproximadamente).
Após esse período, se realizava um escrutinho, sendo o candidato aprovado, ele agora passa a observador dos Cristãos. Recebem então os candidatos aprovados: o Credo e o Pater Noster (Pai Nosso), estudavam num período de oito dias e então recebiam os sacramentos que compõe a iniciação de vida cristã e depois passam pelo processo de mistagogia, que seria uma revisão do antes e depois, o contemplar do novo homem.
Neste período havia um catequista na comunidade responsável para esta formação e surgem então as escolas catequéticas, uma delas é a de Antioquia, local que os seguidores de Jesus ganha o nome de Cristãos, podemos encontrar em Atos dos Apóstolos XI, 26.

O catecumenato começa ter uma queda por volta do ano 500 a 600. Aqui temos a queda do Império e as invasões Bárbaras. A catequese se remete aos grandes Concílios: Niceia e Constantinopla (os Concílios recebem o nome do local onde é realizado). Agora, a pratica do Batismo nas crianças se torna comum.

Após esse período até 1500, temos o período da Cristandade, após as invasões Bárbaras, o Estado e o Clero se tornam unidos, o catecumenato quase extinto se reduz à pregações e ao lar. Temos a grandiosidade da família de formação católica, muito obedientes aos Santos Padres, os pais começam a fazer a catequese em seus lares. Temos a ascensão do Cristianismo, origem dos hospitais, sistema universitário, penitenciárias, artes, música gregoriana, devoções, grande influência para a Filosofia, como por exemplo Santo Tomás de Aquino e a origem dos padrinhos no catecumenato. Estes que agora assumem as responsabilidades das formações dos novos cristãos.

Então, qual é a importância e a necessidade do catecumenato hoje?

Atualmente, nos encontramos num período que São Pio X chamava de síntese de todas as heresias. Sofremos os frutos do modernismo. Agora um país católico fica sobe uma ideologia contrária a fé, uma sociedade que vive por práticas que desvirtuam o ser do caráter cristão, um desvio das virtudes. Vivemos um período que os grandes males que destroem as famílias adentram aos lares católicos pela TV, internet e tantos outros meios de comunicações. Estes que não condenáveis, mas passam a ser quando as paixões do homem assumem o controle. Quando o homem movido por tais paixões, vontades e libertinagens, ainda se dizendo cristão, vive como os pagãos. Comungam de suas ideais, posturas, culturas, vive na espiritualidade humana e sacrificam a espiritualidade Divina, que só por amor pelas almas, fez da Igreja, Corpo de Cristo, instrumento de maior instituição de caridade do mundo, civilizou o ocidente e hoje o povo civilizado por este corpo, joga tudo fora por tão pouco. Por tão pouco amor a Deus nas infidelidades.
A importância de uma boa formação no catecumenato nos remete a necessidade desta época escura, desta Idade das Trevas em que vivemos. Justamente para sermos, nós Igreja, Luz no mundo e Sal na Terra como bem nos pediu, Nosso Senhor, Jesus Cristo.
Uma boa formação no catecumenato é justamente moldar os soldados e servos da Igreja peregrina e primeiramente militante, que luta pelo Reino dos Céus aqui na Terra. Essa Igreja que tem por objetivo final e maior salvar almas para Deus.
E salvar almas para Deus, não é viver neste mundo e ser deste mundo, mas ser aqui na comunhão dos santos uma Igreja que resgata a moral cristã, as virtudes que formam o caráter do homem e isso muitas vezes requer ir contra a corrente.
A importância do Catecumenato é justamente restaurar a moral, os valores e princípios básicos já muito deturpados pela cultura atual que agride o homem que é imagem e semelhança de Deus.
Muitos que vivem nessa cultura de morte e corrupção, um dia foram batizados, receberam a Comunhão e Crismaram, porém, não quiseram viver a santidade que foram convidados pelo Batismo.
A necessidade do catecumenato hoje é de uma saída! Mas uma Igreja que sai para defender o que é de sempre, pois se Cristo é perfeito,Teus ensinamentos são perfeitos e vemos a perfeição nos frutos. Teu Corpo sente a necessidade de formar teus novos membros a saírem marchando sobe o estandarte da Virgem Maria, modelo perfeito de Igreja, a levar ao mundo o Vinho Novo. Se Cristo Foi, É e sempre Será o mesmo, então, Teu Corpo acompanhará sempre a cabeça. Será a escada que levará para a vida a sociedade que respirando já está morta.
No catecumenato, podemos encontrar os valores para formações das famílias estruturadas, ou que saibam abraçar as dores de suas dificuldades e em Cristo supera-las. Também e possíveis futuros sacerdotes. É no catecumenato que formamos futuras luzes para iluminar as trevas. Segundo a própria história da Catequese, a Igreja nunca ficou no comodismo dos erros do mundo, ela sempre como Mãe orientou teus filhos. Essa é a importância de ensinar e ser fiel a Doutrina da Igreja e seus ensinamentos.

“Quanto mais o governo temporal se coordena com o espiritual e mais o favorece e promove, tanto mais concorre para a conservação do Estado. Pois que, enquanto o superior eclesiástico procura formar um bom cristão com a autoridade e os meios espirituais, segundo o seu fim, procura ao mesmo tempo e por necessária consequência formar um bom cidadão, como ele deve ser sob o governo político”. 
São Carlos Borromeu, padroeiro dos Catequistas.


*Muitos pensam que esse número é atribuído a satanás, mas não é. O calculo que nos fala este versículo na versão grega, ao qual foi escrito o livro, vem da palavra "psiphisato" que tem a mesma origem da palavra "isopsefia. Naquele tempo, o povo, por exemplo na Grécia usava letras para representar números, o "alfa" seria o número "1". Assim, era possível retirar nomes dos números. Fazendo então o cálculo: somando os números que as letras representam, isso era a "isopsefia. Como estamos falando do Século I, Império Romano comandado por Nero, aquele que perseguiu e expulsou São João Evangelista (autor do livro) para ilha de Patmos. Se somarmos as letras do nome de Nero temos, segundo a prática da "isopsefia", o número 1005, porém os Hebreu (lembram da carta aos Hebreus?), também usavam tal prática, e na prática Hebraica, segundo seu alfabeto temos no nome de Nero o 666.


Na foto: São Dom Bosco com jovens.


(Texto: Vitor Ferreira. Revisão: Thiago Palácio)



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Por que o Blog?

Há uns cinco meses atrás comecei a receber sugestões de amigos tantos próximos quanto distantes sobre a possibilidade de ajudar de alguma forma a propagar a fé católica. Então, depois de refletir muito em silêncio e perceber que os pedidos e sugestões não pararam, tomei a iniciativa de criar um blog. 
O objetivo do blog é auxiliar nos conhecimentos sobre a doutrina católica, e assim, despertar mais o verdadeiro amor a Santa Igreja. E porque do verdadeiro amor? Porque o amor não é e não pode ser apenas um sentimento: Explico: Imaginemos um casal de namorados, eles se olham com brilhos nos olhos, arrepiam a pele ao se aproximarem, sentem aquele "frio" na barriga e reconhece facilmente o cheiro agradável do outro e o sabor do beijo. Porém, tudo isso são sentimentos e estes por natureza somem. Então quando o casal deixa de sentir isso, eles não se amam? Aí que descobrirmos o verdadeiro amor. Esses sentimentos estão ligados aos sentidos, e ao sumirem se não houver amor eles rompem. Amor então não é um sentimento porque não fica preso nos sentidos. O casal permanecerá juntos porque eles se conhecem e não apenas pelo o que sentem conforme teus sentidos. Aqui, coloco o conhecer no sentido de conhecimento do conteúdo da pessoa. O seu intimo que o faz ser. 
É exatamente assim sobre nossa relação com a Igreja. Se não aprofundarmos em seus ensinamentos, estaremos movidos apenas por momentos sentimentais e viveremos num sentimentalismo, este que quando sumir ou aparecer algo que aguça mais seus sentidos fará com que se retire dela e vá para este novo "lar" se assim podemos chamar, ou simplesmente não ter mais um lar.
É necessário então conhecer para amar, é necessário que se conheça para que o sentimento seja apenas uma consequência. 
Para deixar bem claro essa ideia temos a fala de Santo Agostinho de Hipona: "Só se ama o que se conhece". Isso é crucial, pois é nesse encontro, nessa proposta de amor verdadeiro que encontraremos o sentido então da fidelidade. A mesma fidelidade que em Atos dos Apóstolos a comunidade primitiva e já católica tinha com os ensinamentos dos Discípulos. "Mostravam-se assíduos ao ensinamento dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações" (At 2, 42)
A fidelidade para quem busca conhecer a Esposa do Cordeiro nos torna Esposa com ela. Ela não trai o Noivo, que neste caso é Cristo e ao mesmo tempo cabeça desse Corpo Maior que é a Santa Igreja. 
Poderia seu braço trair o corpo e dar um tapa em sua face? Nenhum corpo humano reage assim, porque quer preservar a integridade do corpo ao qual o braço pertence. Imagina então um Corpo Santo que é a Santa Igreja?
Quantas vezes então não somos fiéis ao corpo? Damos algum tapa na própria face? A resposta é sim, isso acontece toda vez que negamos buscar conhecer e negligenciando o que nos foi transmitido, nesse momento se afasta o Espirito Divino e entra o Espírito Humano, nele teremos nossas opiniões, vontades, ideais e paixões, assim começaremos adotar alguns pontos que nos atraem, mas negar outros que podem parecer desagradáveis as nossas vontades. O fruto disso é aquele pensamento: "Sou católico, mas...", não há "mas" ao dizer sou católico, e se assim coloco um "mas", neste momento já não estou sendo católico. 
Então, a necessidade deste blog é justamente promover um encontro entre os membros que compõe a Noiva e seu Noivo, é manter e viver sobe "Lumine Fidei" - Luz da Fé. Por meio da sã doutrina.

"Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco prudentes. As néscias, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas juntamente com as lâmpadas. Tardando o noivo, toscanejaram todas e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro. Então se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. Disseram as néscias às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Porém as prudentes responderam: Talvez não haja bastante para nós e para vós; ide antes aos que o vendem e comprai-o para vós. Enquanto foram comprá-lo, veio o noivo; as que estavam apercebidas, entraram com ele para as bodas e fechou-se a porta. Depois vieram as outras virgens e disseram:Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Portanto vigiai, porque não sabeis nem o dia nem a hora." (Mateus 25:1-13)